domingo, 29 de novembro de 2009

Desigualdades...

No meu bairro, as pessoas de média classe e de classe alta (se é que existe realmente uma classe alta naquele bairro) troçam das desigualdades sociais e falam mal dos mais pobres. Eu sei porquê: é por medo! Têm medo de perder protagonismo e de serem roubadas ou assaltadas quando apregoam que nunca se deixariam caír nessas coisas. E condenam os crimes dos mais pobres cometendo eles crimes mais graves. Conheço dessas classe sociais muita gente e posso dizer que vistas as coisas pelo meu prisma (de Observer) elas não são bem como se falam. Ora bem, eu passei noites a fio a beber copos depois das aulas numa tasca onde param os "meninos de bem". Jogávamos Poker, falam mal uns dos outros quando os outros não estavam presentes, o cínismo para com os "amigos" era enorme, as raparigas que la paravam então fartavam-se de troçar de alguns desgraçados que não tinham namorada (pensavam que eu não ouvia as conversas), os rapazes tentavam fugir cada vez que aparecia gente "pobre" para não partilharem o vício do jogo. Fumavam uns charros às escondidas, troçavam dos velhos que ali viviam e que muitas vezes os serviam no café, etc. Na escola a mesma coisa. Ninguém respeita sinais de trânsito é tudo muito snob, muitas delas (principalmente uma) não são ninguém se não forem os desgraçados dos maridos a trabalhar para as sustentar e mesmo assim elas vão para a sala de aulas falar mal dos seus companheiros. Fazem-se de ricas, criticam os que têm menos, bajulam Profs. para terem melhores notas, fazem-se entendidas nos assuntos pelos quais não pescam nada e dizem babozeiras do estilo que os professores ficam encavacados mas não dizem nada para não estragar o ambiente.
Parece-me então que esta gente não tem o dinheiro que apregoa ter, mas sim chorudas dívidas ao banco e algumas confessaram-me que até pequenos crimes praticavam para terem bons carros e casa mais ou menos boas. Afinal qual é a sua riqueza? A hipocrisia e o cinismo. Ricos só nisso mesmo.
Por outro lado eu passei algum tempo com o pessoal "das barracas" e pude constatar outro tipo de coisas (que me agradaram). Passei algum tempo em festa numas barracas. Musica tocada em violas, comida com fartura, uns copos, ninguem fala mal de ninguém, enfim alegria. Estes sim, pobres de bens mas ricos em espírito. Fui caçar com eles (só para ter a experiência porque abomino os maus tratos a animais, mas não quando os matam para sobreviver). Apanhámos muitos ouriços cacheiros e alguns coelhos. Roubamos couves e outras hortaliças e tubérculos numas hortas ali perto. Apanhámos lenha, fizemos a comida e comprámos vinho. A jogar as cartas, a fumar, a beber e a comer a cantar enfim a curtir. Quando acontece algo com um acontece com todos e assim se vive na alegria e satisfação de não falar mal de ninguém. As pessoas são mais chegadas umas às outras e falam-se bem. Também discutem mas nunca com malícia. São discussões verdadeiras, pela honra, etc.
Na minha antiga escola diziam-me que quando mudasse de escola que ia para um sitio pior porque na outra escola eram só gandins e pretos etc. Sabem o que constatei? Uma escola muito mais bem organizada, cheia de programas e iniciativas feitos pelos alunos. Multiculturação racial ali. Ali para além de aprender a matéria, aprendo também coisas da vida. Pela primeira vez tenho uma Stôra negra sabem o que lhes digo? Aprendi mais com ela em 3 meses do que com a minha antiga prof em dois anos da disciplina de português. mas são apenas maneiras de dar aulas a outra também não era má pessoa até pelo contrário. Mas tinha o condão de só ouvir bem as alunas que a bajulavam e esta puxa obrigatóriamente pela turma toda e obriga-nos a participar a todos sem excepção. Aqui ninguém é posto por tabela por se vestir seja como fôr. E na outra escola havia uma rapariga assim com aspecto meio "guetto" e algumas profs ignoravam-na ao invés de a ajudar. Quem é que a ajudava? Eu. Estive dois anos a motiva-la, Sabem o que aconteceu este ano porque saí de lá? Esteve lá dois meses e já saiu da escola. Mas eu é que tinha de detectar aquele mal e evitar o abandono escolar dela e de outras colegas? Eu que lutei pelos interesses dos alunos naquela escola ditaturial? Eu que pertenci ao conselho geral transitório (eleito por votos). Quando entrei para a escola eram uns 15 alunos na turma. Agora que saí e perguntei quantos lá estão responderam-me 4 alunas. Ainda por cima os profs lixaram-se com a história do abandono escolar porque no ano passado erámos já uns 9 ou 10. Mas a meio do ano saiu uma. Nas matrículas deste ano com uma turma de 8 alunos mesmo que saisse um, bastava entrar outro que a média ficava igual e or profs nao eram prejudicados. Eu saí e nao fizeram força para que eu ficasse porque entrou outra. Resultado essa e a outra miuda "guetta" já abandonaram o barco e mais uma que nunca apareceu.

Lord Death xxix nov. anno MMIX

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ordem Mundial

Na velha ordem mundial era notória a presença de armas para que as maiores ecónomias crescessem. Desde que a pólvora fora descoberta e a química, a biologia, e a física caminharam juntos com a técnologia informática dando passos gigantes que a guerra e as mortes em massa foram tendo um papel preponderante nas sociedades ditas mais evoluídas. Nos EUA as pessoas podem adquirir facilmente uma lincença de uso e porte de arma para defesa pessoal, após um período de espera de 15 dias e desde que se seja maior de idade. Ora muita gente compra armas e depois faz dinheiro com elas dizendo que as perdeu ou que foi roubado. Para não falar do armamento que é vendido pelos EUA aos países africanos e constantes trocas com países como a Russia. Assim, as armas chegam ilegalmente à europa e à Ásia como se de água se tratasse. Mas o porquê disto tudo? Bem, os republicanos americanos sao detentores da maior parte das fabricas mundiais de armas. E os estados unidos como fornecedores para os europeus durante a primeira e segunda guerras fizeram com que a sua ecónomia prosperasse por muitos anos. Agora, porém a ordem mundial é muito diferente. Os republicanos interessam-se por outras coisas que dêm menos nas vistas e estão a perder o verdadeiro poder: o de ser visto e controlar tudo o que é comunicação social. Porque já nao é preciso, na televisão PUB, filmes e briquedos todos já possuem armas e acção qb. que passe sublinarmente para a cabeça dos mais jovens e não só. Mas agora o poder passa pelos ministérios de saúde que inventaram novas ideias de que em todo o mundo as ecónomias prosperassem de outras maneiras. É claro que os grandes ministros nada podem fazer porque estão atolados em opiniões de economias sustentáveis e rentáveis que não podem deixar cair, principalmente se forem americanas ou pertencentes à UE. Pressionam a uma nova gestão dos hospitais dos sistemas nacionais de saúde, incentivam (por causa dos preços e impostos) à química alimentar e ao faste food e ao petróleo. Assim, não só afectam o planeta mas a nós todos. Os médicos fazem contractos com as marcas dos laboratórios (ainda que esses contractos sejam ilegais) químicos e ganham comissões à receita. Isto é grave. Os hospitais deviam de estar mais aliviados perante a ameaça do h1n1 e pelo contrário estão cheios. Nas urgências e nas consultas. E os seguros de saude estao a subir a sua importância em numeros estonteantes, porque na saude privada isto já era uma prática habitual. Até miudos e animais já têm de usar excesso de medicamentos. Ora são hiperactivos ora estao deprimidos. As operações sao incentivadas sem interessar ao risco e as farmácias sao dos melhores negócios que se pode ter.
Como podem ver a industria farmacológia é a nova ordem mundial. Antigamente queriam enchernos as mãos de armas. Actualmente querem enchernos de medicação.

Lord Death xxiv Oct. anno MMIX