segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Poderão haver coicidências?

No outro dia saí das aulas (no ensino nocturno) após uma conversa com uma Stôra de História, acerca da Maçonaria. Pois dizia-me a senhora, que um colega dela (professor universitário) tinha sido convidado a entrar nessa "casa" de selo nobre e que o mesmo tinha rejeitado tal proposta. Disse-me ainda que se ouvia pelos corredores do país, (em tons de susurro) que qualquer pessoa ligada à política, só tinha alguma "voz" se pertencesse a essa mesma ordem. Não concordei nem discordei, às vezes vale a pena saber ouvir e reflectir sobre o que se ouve (pois nesta terra já ouvi de tudo). No dia seguinte fiz uma coisa rara quando saí de casa. Liguei o rádio do meu carro e escutei um programa (o qual não me lembro do nome) na frequência 104.3. É notório que não gosto muito de rádio, mas esse programa que dá durante a tarde, é um tanto ou quanto interessante. Mal o ligo, os locutores entram-me no carro dizendo que ás "x" horas vão emitir um programa especial ligado à maçonaria, com entrevista a dois personagens ligados a essa ordem. Fiquei de ouvido mais desperto devo confessar. Antes das tais "x" horas passo por uma biblioteca académica e desperta-me a curiosidade, um livro de Margarida Rebelo Pinto intitulado de "Não há coicidências". Já um amigo meu me falou à uns anos atrás, desse mesmo livro. Um amigo que vive em constante paranóia e que acredita piamente nisso, que não existem mesmo coicidências e que tudo está ligado e controlado por "alguém". (Devo desde já confessar que não tenho amigos normais). O título não deixa de ser curioso e irei com toda a certeza lê-lo num destes dias, requisitando-o talvez nessa mesma biblioteca. Saio da bibiloteca olhando para o relógio e dirijo-me ao meu meio de transporte na esperança de ouvir a "tal" entrevista. Ligo o rádio e lá começam eles. Dizem coisas que já sabia (estes assuntos sempre foram do meu interesse) e coisas que desconhecia (poucas). Uma curiosidade, a ópera "A flauta mágica" tem requintes maçónicos e tem um grande simbolismo para essa ordem. Surpreenderam-me, pois foi a minha primeira ópera e a que nunca vou esquecer. Vi-a num anno qualquer, algures em dezembro, no Pavilhão Atlântico e agora pergunto-me: "Quantos maçons estariam lá dentro naquele dia? E quem eram?". Afinal tenho mesmo gostos requintados. Rio-me após a última afirmação. Coicidência ou não, no mesmo momento em que estava a ver essa ópera, um ente querido meu falecia num acidente de viação. Talvez por isso ainda me lembre bem da personagem que em austríaco apelidavam de "Rainha da noite" e imagino o acidente em câmera lenta enquanto oiço a dita "Rainha" a cantar numa língua germânica e muito bem trajada. Acabo de ouvir a entrevista e desligo o rádio, parando um pouco para reflectir sobre aquilo que ouvi. O silêncio é quase total (não fosse o facto de estar num meio mais urbanizado). Levanto a cabeça e olho em frente. Estou no parque de estacionamento da minha escola, num sítio onde nunca tinha posto o carro. E o que vejo eu quando olho em frente? Um símbolo maçom esculpido em pedra mesmo à frente do sítio onde estou estacionado. Um símbolo maçom na minha escola, muito discreto e com os "olhos"(vértices) apontados para todos os lados. E visto isto, penso de seguida: Será que não há mesmo coicidências?

Lord Death, xxix sept. MMVIII

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