domingo, 25 de janeiro de 2009

Existencialismo e a viagem

Vivemos condicionados à nossa própria matéria orgânica. Tudo o que o nosso corpo produz, são sensações e derivados de reacções. A única verdade que temos como absoluta é a de que existimos espiritualmente. Esta espécie de energia que nos coordena as células e os pensamentos teve de vir de algum lado. Agora, se é essa mesma que organiza as células e a química corpórea humana, o que é que impede o pensamento de se desorganizar se não estiver “agarrado” ao corpo? O determinismo a que está agregado o nosso físico é o que verdadeiramente impede de nos desdobrar-mos multidimensionalmente no cosmos. As leis caóticas têm realmente uma palavra a dizer sobre isto tudo. Eu vou por este ou por aquele caminho na estrada ou caminhando no passeio, porque conheço o caminho e me oriento pela visualização das reacções da matéria que está a minha volta com os fotões de luz. E o que faz com que eu transmita a informação de que está ali algo de sólido ou de físico é um órgão: o olho. Que liberta informação eléctrica e dá choques que fazem reagir os nervos e a química cheia de códigos que vai transmitir toda essa informação ao meu cérebro para que o meu espírito possa reagir perante essa informação toda e se oriente sobre o que poderá ou não, fazer a seguir. Assim o é com todos os sentidos que transmitem informação ao corpo que por sua vez a transmite ao cérebro que a vai transmitir finalmente ao nosso “eu”. Só mesmo aí nesse íntimo é que tenho mesmo a certeza do meu existencialismo. Como já Descartes dizia “eu penso, logo existo”. E o que acontece antes de nascermos como um ser físico, feito de matéria orgânica? E quando morremos? Bom, as nossas moléculas desprendem-se da vida terráquea e a vida celular ganha uma nova demanda. E se a esse vaguear se juntar uma consciência não só com a sua informação de ácido desoxirribonucleico mas com mais qualquer coisa de informativo? Daí a afinidade molecular que apresentamos quando as nossas células estão desprendidas dos corpos. Também a informação dos genes e das células é transportada e logo tem tendência a dar-se só com os da sua espécie. Logo, se as células andarem juntas, poder-se-á dizer que a nossa alma vagueia algures por aí no cosmos. E para aqueles que acreditam na reencarnação, pergunto porque é que tem de se necessariamente reencarnar na terra? E num humano ou animal? É verdade que os animais e plantas também sentem. Todos os seres vivos têm percepção sensorial. Daí eu até nem achar errado a morte dos animais para assegurar a nossa existência através dos derivados proteicos. Se calhar deveriam era de serem mortos de maneiras mais civilizadas e serem mais respeitados em vida. Mas de resto, servem-nos de alimento assim como as plantas. Seria injusto dizer que os animais eram passíveis de não serem comidos mas os vegetais e tubérculos já poderiam ser. Todos foram feitos para interagir com os seres pensantes, e os corpos físicos para alimentarem qualquer coisa. Nem que seja o cosmos. Daí este ciclo da vida. Um denominador comum a todos os seres vivos: água. A luz também é necessária mas nalguns é de maneira indirecta e pode ser menos usada com todo o seu conteúdo vitamínico. Mas as plantas alimentam-se de água essencialmente e de luz, assim como de oxigénio. Os animais já se dividem em dois sítios, alguns comem esses seres intelectualmente inferiores e na sua maioria verdes e outros alimentam-se uns dos outros. Nós alimentamo-nos de todos eles. A terra alimenta-se da vida que está instalada no seu eco sistema.O sistema solar dos planetas, estrelas e satélites planetárias (para além de todas as entidades cósmicas à parte como a poeira e os traços de ADN nos anéis e cometas, vida bacteriana, etc.), as galáxias de sistemas solares e não só e o cosmos alimenta-se das galáxias. Agora pergunto o que se poderá alimentar dos universos? Sim, nunca foi provado que há um universo para além deste mas também ninguém ainda conseguiu provar o contrário. E se todo este eco sistema universal interage como um computador orgânico de matéria regida por leis de dinamismos interactivos, porque é que se ressuscitasse-mos não poderíamos fazê-lo na outra ponta do universo. Se a nossa energia for captada e forçada a interagir com a matéria energia negra, viaja na matéria negra através dessa mesma energia que nos cega os horizontes. Se chegar à velocidade de escape de um buraco negro, rapidamente ultrapassa a velocidade da luz e pode sentir-se com afinidades para ser atraído por traços de ADN inter-planetário como nos anéis de Saturno. Ou repelido por células cujos genes não se dão com estes. E andaremos sempre nestas lutas até encontrar-mos a luz de uma estrela? E porque não. Os fotões viajam da estrela para fora. Se as células forem agarradas aos fotões e chegarem à atmosfera de um qualquer planeta recheado de vida, poderá sentir-se atraído pela energia de um qualquer ser a nascer e unir-se àquele que será o hospedeiro de mais uma aventura de vida “extraterrestre” ou mesmo terrestre.

Lord Death, xxv jan anno. MMIX

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